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Rendilhado

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Dois recantos de um jardim antigo onde o silêncio se intercala de chilreios e cascatas.

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Olhou para mim e disse: tira-me uma fotografiaaaaa!!!!!!!!

Impossível recusar!

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Já tinha passado a Sé e continuava a subir a calçada à procura do passado que ainda vem à memória. Ouvi-o antes do o ver. O som de um fado na velha Lisboa. Ali, debruçado sobre a cidade, o Tejo brilhando entre as duas margens e o sol que naquela manhã se erguia em todo o seu esplendor. Fiquei um pouco mais, presa nos acordes e nas recordações.

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Em silêncio se percorrem estes claustros. Aqui apenas o som dos passos é permitido.

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Sobre os telhados de Lisboa, repousa encerrada esta janela.

Quanto rio desperdiçado!

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Lá atrás ficou a luz, o mar e as rochas dispostas de forma estranha. Lá atrás ficou a calçada pisada com tempo, o almoço saboreado com prazer, o vinho bebido com paixão.
Lá atrás ficámos nós.
Agora é noite e as sombras confundem-se com a solidão.